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Contrato social: Os principais erros que podem custar caro no futuro

  • Foto do escritor: Barcelos & Borges Advogados e Associados
    Barcelos & Borges Advogados e Associados
  • 6 de mar.
  • 3 min de leitura
Contrato

O contrato social é o documento que dá vida a uma empresa — ele define as regras do jogo, organiza a relação entre os sócios e estrutura a forma como o negócio será gerido. Mas, se elaborado de forma apressada ou sem o devido cuidado, pode se tornar uma armadilha, gerando conflitos, prejuízos e até colocando a sobrevivência da empresa em risco.


Para te ajudar a evitar dores de cabeça, vamos abordar os principais erros que muitos empresários cometem ao redigir o contrato social — e como corrigi-los para garantir a segurança do seu negócio!


1. Definir atividades de forma vaga ou limitada


Erro: Colocar uma descrição muito restrita ou genérica das atividades da empresa.


Consequência: A empresa pode ter problemas para emitir notas fiscais ou precisar fazer alterações no contrato sempre que expandir os negócios.


Solução: Usar a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) adequada e descrever as atividades com clareza, prevendo possíveis expansões futuras.


2. Não definir as funções e responsabilidades de cada sócio


Erro: Deixar de especificar as atribuições de cada sócio.


Consequência: Conflitos sobre quem decide o quê, o que pode paralisar o andamento da empresa.


Solução: Determinar no contrato (ou em um acordo de sócios) as funções, poderes de decisão e responsabilidades de cada um.


3. Ignorar as regras de distribuição de lucros


Erro: Presumir que os lucros serão sempre divididos igualmente, sem deixar isso claro no documento.


Consequência: Discussões sobre a divisão dos resultados, especialmente se os sócios tiverem participações diferentes ou contribuírem de formas distintas para o negócio.


Solução: Definir expressamente no contrato a forma de distribuição dos lucros, respeitando a participação societária ou outras combinações acordadas.


4. Não prever a saída ou falecimento de sócios


Erro: Não incluir cláusulas sobre a saída, venda de quotas ou sucessão.


Consequência: A empresa pode ser paralisada ou sofrer com disputas familiares caso um sócio saia ou venha a falecer.


Solução: Incluir cláusulas de tag along (proteção para minoritários), drag along (proteção para majoritários) e um protocolo claro para a sucessão ou venda de participações.


5. Escolher o regime tributário sem análise detalhada


Erro: Definir o regime tributário sem consultar um contador ou advogado.


Consequência: Pagar mais impostos do que o necessário ou enfrentar complicações fiscais.


Solução: Analisar cuidadosamente os regimes disponíveis (Simples Nacional, Lucro

Presumido ou Lucro Real) e definir o mais vantajoso para a realidade do negócio.


6. Não estabelecer regras para a tomada de decisões


Erro: Não esclarecer quais decisões exigem unanimidade ou maioria simples.


Consequência: Impasses que atrasam ou travam o crescimento da empresa.


Solução: Delimitar, por exemplo, que decisões rotineiras podem ser tomadas por maioria simples, enquanto mudanças estratégicas ou venda do negócio exigem unanimidade.


7. Esquecer de revisar e atualizar o contrato


Erro: Tratar o contrato como um documento definitivo e nunca revisá-lo.


Consequência: O contrato pode se tornar desatualizado, incompatível com a realidade do negócio e com a legislação.


Solução: Revisar periodicamente o contrato com o suporte de um advogado para fazer ajustes necessários.


Um contrato social bem feito é um investimento em segurança


Um contrato social bem estruturado é mais do que uma obrigação burocrática — é um instrumento de proteção para a empresa e os sócios. Ele previne conflitos, traz clareza para a gestão e evita que imprevistos acabem custando caro no futuro.


Se você está abrindo uma empresa ou quer revisar o contrato atual, conte com a orientação de um advogado especializado. Assim, você garante que o documento esteja completo, atualizado e alinhado com os interesses do seu negócio.


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